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Educação Executiva

Como proteger os dados da sua empresa?

Tempo de leitura estimado: 5 min.

Na última década vivenciamos a acelerada corrida da Transformação Digital e a s. As empresas começaram a migrar e a integrar os seus sistemas na nuvem, facilitando a coordenação e o monitoramento. Entretanto, toda essa tecnologia e tráfego de informações começaram a evidenciar o cuidado e a segurança. Porém, como fazer isso?

Antes do aspecto prático, é preciso voltar e entender a diferença entre informação e dado. Afinal, produzimos muitos dados nos dias atuais, tanto que o Matemático londrino especializado em Ciência de Dados, Clive Humby, cunhou o termo ‘Dados são o novo petróleo’, o que ganhou o mundo dos negócios e passou a ser citado, inclusive, na renomada Conferência de Dados.

Sendo assim, os dados podem ser considerados como a matéria-prima da informação. Mas como assim? De forma simplificada, são tidos como o conhecimento bruto, aquilo que é produzido pelas equipes internas de uma companhia, por exemplo, e que, isolados, não geram valor. A seguir veja como os dados são importantes e como gerencia-los.

Proteção de Dados

No próximo passo, quando os dados são tratados e analisados, temos a informação. Ou seja, a informação é o valor agregado gerado pelos dados. Por meio do significado, é possível adquirir o conhecimento e, consequentemente, utilizar essas informações para as tomadas de decisões estratégicas, para impulsionar os negócios.

Como os dados não param de ser produzidos dentro das empresas, os seus ambientes passam a ser alvos de ataques cibernéticos. A fim de que estes sejam capturados, tratados e transformados em informações, ou sejam alvo de chantagem para que a companhia pague pela recuperação deles.

No mundo atual, essa se tornou uma preocupação latente das empresas. Afinal, todas serão alvo e, segundo os principais fabricantes de soluções de segurança, o foco deve ser em quando e não mais se os ambientes internos serão atacados.

Por isso, proteger os sistemas internos e criar um programa de segurança eficiente para a sua empresa é primordial.

O primeiro passo é humano

O fato é que há no mercado soluções de segurança de diversos níveis. Isso é, empresas de pequeno, médio e grande porte podem estruturar as suas áreas de segurança de acordo com a demanda e o potencial de investimento para cada uma.

Porém, o que é comum para todas é o ser humano. Afinal, são os colaboradores que mantém a saúde empresarial e o pleno funcionamento dos negócios. Desta forma, são eles também o alvo mais fraco e o ponto de maior atenção no processo de segurança da informação.

Ciberatacantes

Isso porque os ciberatacantes buscam novas formas de entrar nos sistemas das empresas. E um dos mais fáceis é por meio dos colaboradores. O ponto é que não existe apenas um formato, então, pode ser disfarçado de um formulário de hotel em um e-mail, de sites similares ao que costumam utilizar, de acessos de redes e Wi-Fi, entre tantos outros.

Sendo assim, além do investimento em tecnologia, é recomendado promover cursos de conscientização e boas práticas aos colaboradores de como podem identificar as ameaças, bem como adotarem comportamentos de prevenção.

Combine ferramentas e soluções para manter segurança

Criar um ambiente focado na segurança requer investimento de recursos, porém de pessoal. Anteriormente, rodávamos o antivírus em disquetes nas máquinas das empresas conforme as ameaças eram detectadas. Isso é da década de 1990.

Assim como tivemos a aceleração da tecnologia, os ciberatacantes também foram se sofisticando e criando novas ferramentas para deixar os ataques mais precisos e difíceis de serem detectados.

Porém, o disquete foi substituído pelos antivírus, primeira parte e mais simples de um pacote de segurança, para endpoints, data centers e um SOC (Centro de Operações de Segurança, em português). A segurança passou de algo sazonal para 24×7.

Dados valiosos

As empresas que mais se preocupam com segurança são as do segmento financeiro, seguidas por varejo e saúde, devido aos dados sensíveis e valiosos que produzem. Entretanto, como falamos anteriormente, todas as companhias são alvo de ataques e podem evitá-los de diversas formas.

Vemos a evolução das tecnologias disponíveis. Hoje, conseguimos combinar o comportamento dos usuários para bloquear máquinas e acessos quando o modo de digitar e outros perfis pessoais não condizem com o de um deles.

Outra forma de proteger os dados, por meio de uma ação simples, mas que acaba sendo esquecida, é o bloqueio de acesso a determinados níveis dentro das organizações. Ou seja, é liberar o acesso apenas ao que cada colaborador precisa. Desta forma, as chances de entrar em ambientes que não precisa diminuem e, consequentemente, os riscos.

Investimento e segurança

De nada adianta a evolução da tecnologia se os investimentos das empresas não forem condizentes, assim como a conscientização dos colaboradores.

Porém, a primeira barreira a ser vencida é com a direção. Por muitos anos, vivenciamos a priorização em outros investimentos, o que fez com que a segurança fosse requerida apenas sob uma ameaça ou após a concretização de um ataque.

Nos últimos quatro anos, temos observado essa conscientização do mercado. Tanto que o levantamento Cybersecurity e Governança em Ambientes Híbridos, mostra que 59,7% das empresas latinoamericanas já consideram a segurança cibernética como sua principal prioridade estratégica. O que nos indica a ainda lenta adoção, mas uma parte importante e considerável.

Segurança tecnológica no Brasil

O trabalho é extenso. De acordo com o panorama sobre a segurança digital no Brasil conduzido pelo NIC.br, apenas 41% das empresas brasileiras possuem algum tipo de política de segurança digital. 74% das grandes empresas adotam a segurança digital, porém o número é de 63% nas médias e apenas 37% nas pequenas. Mostrando o que discutimos inicialmente de que a segurança ainda é algo distante para muitas corporações.

A boa notícia é que a segurança é algo comum para todas as empresas. De qualquer porte, todas terão que adotar práticas e soluções para proteger os seus ambientes internos.

Acompanhando as tendências do mercado, já temos o Security as a Service, que são planos mensais de segurança para empresas de todos os portes, os quais contemplam desde as ferramentas até os profissionais que serão responsáveis pela área de segurança, deixando os ambientes protegidos.

Foque no seu negócio. Cuide e preserve os seus dados, pois eles são o ativo mais precioso.

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escrito por
Waldo Gomes
Diretor de Marketing e Relacionamento da NetSafe Corp Atua há mais de 20 anos na área de Segurança da Informação, ocupando posições executivas de liderança em empresas de tecnologia e software, como McAfee, Xerox, Positivo e NetSafe Corp.
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