Gestão de benefícios em tempos e crise: como fazer?
A crise chegou e sua empresa está pensando em deixar a gestão de benefícios de lado? É melhor refletir um pouco mais e ler o conteúdo deste artigo.
Queremos mostrar que é possível manter sua estratégia de valorização dos colaboradores, ao otimizar a forma de montar o plano de benefícios. Principalmente, por conta do impacto do coronavírus no mundo, muitas organizações sofreram danos nas finanças.
Ao buscar um meio para continuar no mercado, é comum pensar no que pode ser cortado do orçamento. No entanto, investimentos — como os benefícios para funcionários — não devem ser pensados como despesas que podem ser eliminadas da empresa.
Isso porque eles garantem ao seu negócio e ao empregado várias vantagens, como diminuição do turnover, maior engajamento da equipe, qualidade de trabalho para os colaboradores etc.
Continue a leitura e descubra por que a gestão de benefícios precisa ser mantida e se tornar ainda mais eficiente, nesse momento. Daremos as dicas necessárias para uma adaptação à crise que maximize os resultados do investimento. Confira!
Por que oferecer benefícios em tempos de crise?
Por mais que muitas empresas tivessem um plano de ação preestipulado para uma possível crise, é provável que poucas estivessem preparadas para uma situação mundial da dimensão do Coronavírus. Considerando que a crise gerada pela pandemia já produziu seus efeitos no orçamento de cada negócio, é fundamental não pegar caminhos que possam tornar mais grave esse cenário.
O momento é de reinvenção e adaptação. Além disso, é hora de aproveitar tudo que a empresa ainda tem ao seu favor para gerar melhores resultados e se manter competitiva no mercado.
Assim, permanecer com os benefícios corporativos durante a crise, ou mesmo implementar um programa de vantagens para colaboradores, é uma estratégia para aumentar o engajamento dos profissionais com a marca empregadora, estreitando as relações e proporcionando maior segurança e bem-estar.
Nesse período — e em outros também — o que há de mais valioso para a organização são as pessoas. Quanto mais satisfeitas e envolvidas com a empresa, mais elas serão produtivas e motivadas a buscar os melhores resultados para o negócio.
Quais os benefícios corporativos fundamentais para oferecer aos funcionários em tempos de crise?
No passado, não existia uma preocupação por parte das empresas em disponibilizar recursos além do que era comum no mercado. Ou seja, normalmente, o trabalhador apenas ganhava o pagamento referente às suas horas de serviço. Com o tempo esse fato foi sofrendo mudanças, já que os gestores começaram a perceber algumas vantagens ao oferecer propostas de trabalhos que incluíam benefícios para os empregados.
Entretanto, com a crise econômica vivenciada no país e no mundo devido ao Coronavírus, várias empresas mudaram sua política de investimentos, adotando medidas drásticas, como a retirada desses benefícios. Acerca disso, é importante mencionar que essa medida nem sempre apresentará resultados positivos. O mais correto é avaliar quais recursos podem ser concedidos em tempos de crise. Caso você não saiba quais são, confira agora os principais!
Flexibilização do horário de trabalho
Atualmente, os problemas relacionados ao controle do fluxo de pessoas e medidas de segurança e prevenção ao coronavírus, têm cada vez mais desafiado os líderes empresariais. Uma das formas de lidar com essa situação é realizando a flexibilização do horário de trabalho dos colaboradores.
Com a ajuda de recursos de acesso remoto aos sistemas de trabalho, é possível garantir que determinadas equipes operem em home office. Dessa forma, consegue-se manter uma melhor gestão de pessoas e organizar o fluxo de atividades dentro da empresa.
Apoio psicológico
Pesquisas apontam que as desordens mentais estão em grande crescimento no Brasil. Uma das principais causas para isso é a dinâmica de vida das pessoas na atualidade. Com o grande acúmulo de tarefas e obrigações dentro da empresa, além de responsabilidades no lar, os indivíduos podem desenvolver transtornos de ansiedade que, caso não sejam tratados, podem evoluir para outros problemas, como a depressão.
Sendo assim, o fornecimento de auxílios voltados a financiar o apoio psicológico dos trabalhadores é uma boa forma de a empresa zelar pela saúde e o bem-estar da sua equipe. Além do mais, tendo em vista que esse problema, sendo frequente, pode comprometer a produtividade da empresa, as medidas de prevenção se tornam bastante relevantes.
Auxílio-alimentação
Não podemos deixar de citar o auxílio-alimentação. Esse recurso é bem comum em muitas empresas no Brasil e contribui para que os colaboradores da instituição e suas famílias tenham uma alimentação adequada. Além do mais, ao considerar que esse quesito é essencial para a manutenção da saúde e bem-estar de um indivíduo, o auxílio permite diminuir afastamento de trabalhadores por questões de saúde.
De forma prática, esse recurso pode ser liberado por meio de cesta básica. A vantagem é que a empresa consegue planejar a quantidade de alimentos, conforme o seu orçamento, além de poder ser flexível ao escolher quais os itens que irão compor a cesta. Esse pode ser considerado um benefício com boa relação custo-benefício, já que garante vantagens para a empresa e o empregado, além de não apresentar um custo tão alto.
Como a gestão de benefícios deve se adaptar à crise?
Mais do que oferecer vantagens, é preciso fazer uma boa gestão de benefícios. Afinal, é imprescindível otimizar todos os recursos investidos durante uma crise. O RH deve buscar a eficiência e a economia, encontrando formas de garantir qualidade de vida e saúde durante e após a pandemia. Veja a seguir algumas dicas para alinhar a gestão de benefícios.
Entender a fundo o perfil dos colaboradores
Um fator que precisa ser revisto, de forma minuciosa, se você quiser fazer uma boa gestão de benefícios durante a crise é o perfil dos colaboradores que são atendidos pelas vantagens. Quando a oferta de benefícios não está chamando a atenção do seu público-alvo, sua empresa está jogando dinheiro fora — para usar uma expressão bastante direta.
Imagine gastar dinheiro com parcerias que não estão sendo aproveitadas, ou mesmo, que não são conhecidas por todos os colaboradores? Um dos fundamentos da gestão de benefícios é o mapeamento de perfis dos profissionais, entendendo a fundo suas necessidades e como cada iniciativa vai gerar satisfação e qualidade de vida.
Rever o orçamento e entender possibilidades
Se sua organização já fazia a concessão de benefícios, é bem provável que o orçamento seja reduzido nesse momento. No entanto, isso não é motivo para acabar com os planos oferecidos. Talvez seja necessário mudar a dinâmica das ofertas e buscar novas possibilidades mais adequadas financeiramente.
Essa é uma hora interessante para estudar os indicadores da sua gestão de benefícios. Assim, você vai entender como cada um deles estava performando, em relação ao retorno por investimento. Será que as metas estavam sendo alcançadas? Caso não, essa é uma boa justificativa para trocar as vantagens oferecidas por outras mais adequadas.
Também é importante rever benefícios que não têm sido usados pelas equipes durante o isolamento. Com muitas empresas apostando no regime home office, o vale-refeição, por exemplo, tornou-se pouco ou nada usado. Substituí-lo pela cesta básica é uma forma de adaptar e otimizar o investimento.
Um vale-cultura é outro caso de substituição, já que cinemas e teatros estão fechados. Uma alternativa interessante seria oferecer vale-desconto em serviços de streaming. Já o plano em uma academia pode ser trocado pelo acompanhamento de instrutores de yoga ou treinamento funcional a distância.
Considerar benefícios mais econômicos
Algo fundamental para fazer a gestão de benefícios em tempos de crise é buscar opções mais acessíveis financeiramente. Engana-se quem pensa que essas ações só podem ser implementadas com um grande investimento. O importante para a estratégia é encontrar vantagens que tenham valor para o contexto dos profissionais e gerem qualidade de vida.
Que tal alguns exemplos? No momento atual, a possibilidade de permanência em home office e a flexibilização de horário na jornada podem ser excelentes medidas para trazer mais segurança e bem-estar aos colaboradores. Outra vantagem que pode ajudar na estabilidade das famílias é o pagamento de salário antecipado ou realizado por demanda.
O aspecto psicológico também tem estado em pauta nas empresas, tornando a disponibilização de um auxílio psicológico bastante interessante nesse período.
Priorizar a qualidade de vida
Eventualmente, a gestão de benefícios pode precisar abrir mão de uma iniciativa em detrimento de outra. O que escolher nessas situações? Considerando o cenário atual, todas as vantagens que girem em torno da saúde são altamente requisitadas e valorizadas pelos profissionais.
Lembre-se de que colaboradores mais saudáveis e seguros estarão, consequentemente, mais satisfeitos com a empresa e mais engajados no alcance de metas. Além disso, investir nessa área diminui taxas como absenteísmo por doenças e rotatividade por insatisfação com a marca empregadora.
Assim, continue apostando em benefícios como planos de saúde, cestas básicas de qualidade, home office e outros que incentivem a qualidade de vida. Sua gestão, com certeza, verá os resultados desse investimento.
A gestão de benefícios não pode ser deixada de lado em tempos de crise. Afinal, ela pode se mostrar uma ferramenta estratégica para reter e engajar seus colaboradores no momento em que a empresa mais precisa deles para se manter competitiva no mercado. Esperamos que este conteúdo ajude seu RH a seguir as melhores práticas e pensar em uma gestão eficiente e econômica.
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